domingo, 31 de janeiro de 2010

Porto 4 - 0 Merelinense

Vitória natural do Futebol Clube do Porto, perante um adversário manifestamente inferior. Apesar do jogo ter ficado condicionado por uma grande penalidade que não existiu – e que deu vantagem aos dragões – os visitados dominaram uma partida em que não foram colocados realmente à prova. Sem grande história, o Merelinense perdeu o ensejo de alterar o rumo dos acontecimentos na primeira metade, quando desperdiçou a primeira oportunidade de golo.

Patrick Greveraars apresentou o seu esquema habitual, apostando nas alas para fazer explanar a sua acção ofensiva. Por aí, diga-se, o panorama manteve-se em relação a jogos anteriores, com a insistência em situações de 1x1 a tornar o esquema algo previsível. Apesar do Merelinense ter no defesa esquerdo o seu elemento mais débil, o F.C.Porto apresentou um esquerdino do lado direito do ataque – Alex – com tendência natural para flectir para o meio. Contudo, no centro do terreno, houve ligeiras melhorias: Sérgio Oliveira e Amorim, e mesmo Claro, foram elementos que, a espaços, acrescentaram algo de diferente à dinâmica ofensiva, num trabalho que a continuar pode ser frutífero em futuras ocasiões.

Quanto ao Merelinense, a equipa apareceu extremamente concentrada no início do jogo, concedendo poucos espaços no último reduto. Nos minhotos destaque para o jogo de Nuno Costa, sempre no encalço da bola. O lance da grande penalidade desmoralizou os visitantes, que perderam os índices de concentração necessários para recuperar. Apesar da decisão do árbitro, a vitória dos dragões foi plenamente justa.

O F.C.Porto entrou pressionante, procurando circular a bola de forma rápida. O primeiro sinal de perigo foi dado por Bacar, aos 3’, que rematou de fora da área por cima da barra. O Merelinense foi subindo no terreno e começou a ameaçar com muito perigo: aos 7’ um livre de Fabinho encontrou a cabeça de Nuno Costa na área. O desvio foi oportuno mas Tiago Maia, em voo, defendeu bem. Pouco depois os minhotos dispuseram de soberana oportunidade para marcar. João Araújo respondeu bem a um cruzamento do lado esquerdo mas o seu remate foi interceptado por Hugo Sousa. Na recarga, e com a baliza a sua mercê, Nelinho enviou a bola à barra.

Apesar do domínio, os dragões tinham algumas dificuldades em criar reais situações de perigo. Aos 22’ Alex e Tiago combinaram bem, com este último a cruzar atrasado onde surgiu Dias, na área, a obrigar Flávio a uma excelente intervenção. E aos 24’ deu-se o caso do jogo: o lançamento longo encontrou Hugo Sousa na área, com o fiscal de linha a levantar a bandeirola. O árbitro não atendeu ao seu auxiliar e a bola sobrou para Dias, que não foi derrubado por Flávio. A grande penalidade não existe. Indiferente à polémica, Alex não perdoou e inaugurou o marcador.

Os minhotos desmoralizaram-se com este tento e os espaços na linha defensiva começaram a surgir com maior frequência. Aos 33’ Alex cruzou bem da direita e Hugo Sousa, ao segundo poste, quase que emendava com êxito. Logo de seguida foi David Bruno quem tabelou bem com André Claro, com este último a rematar para boa intervenção de Flávio. Antes do intervalo saliência para uma perdida clamorosa de João Amorim. O cruzamento de David Bruno tinha as medidas todas mas o camisola "10", em posição frontal, cabeceou ao lado.

Na segunda parte o jogo teve toada única. O Merelinense não regressou dos balneários da melhor forma e para piorar as coisas sofreu um golo logo no primeiro minuto, naquela que foi a melhor jogada dos dragões ao longo de toda a partida: Sérgio Oliveira, no meio, descobriu André Claro na área. Com alguma atrapalhação à mistura, o dianteiro portista encontrou Tiago Silva na direita, que concluiu com êxito com um remate forte.

Depois do golo o jogo tornou-se algo sensaborão, com as oportunidades a aparecerem com menor frequência. O domínio continuava, contudo, azul e branco, com os visitantes a não darem réplica. Aos 61’ João Amorim isolou André Claro. O dianteiro demorou muito tempo a preparar o remate e foi desarmado por Bruno Costa, num lance que evidencia ainda alguma falta de confiança deste jogador. Ainda assim, André Claro foi um dos interpretes de uma boa jogada ao minuto 70, em que se pediu grande penalidade sobre Flávio Moreno na área. Parece ter existido falta de Flávio mas agora o árbitro entendeu de maneira contrária, sancionando o avançado portista com um cartão amarelo. Aos 73’ deu-se o terceiro golo da partida: canto de Alex do lado direito e Flávio Moreno, entrando com tudo, bateu o seu homónimo. Este lance motivou os dragões para um bom pressing final. Dias, aos 75’, quase marcou na sequência de novo cruzamento de Alex. Mas aos 78’ o golo chegou mesmo. Na direita, Flávio Moreno desenhou uma bela jogada individual e cruzou com precisão para a área onde Sérgio Oliveira, em voo, desviou para o fundo das redes. Estava feito o resultado final, e até ao último apito registo para uma bela tabelinha entre Pipo e João Amorim, com este último a rematar ao lado de pé esquerdo, naquele que seria um golo de belo efeito.

Com este resultado os dragões ganharam algum fôlego na luta pela fase final, isto porque a Académica perdeu em Gondomar. Segue-se desafio difícil frente ao Rio Ave, equipa que causou muitas dificuldades na primeira volta. Quanto ao Merelinense segue em 9º lugar, a meio da tabela.

By : Academia de Talentos

1 comentário:

  1. Contra os senhores do sistema é difícil fazer frente...

    Vamos levantar a cabeça e tentar ganhar ao Leixões na próxima jornada!

    Força Merelinense

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